terça-feira, 23 de junho de 2009

18 pets de refrigerante

Foi de manhã cedo... O Leon me deixou numa rua não tão próximo do trabalho, mas foi porque eu mesmo falei pra me deixar lá pra não atrapalhar o rumo dele. Já pensou um carona exigente? Eu não sou assim. :) :)

O sol ainda não estava escaldante, e o povo daqui de Manaus que confirme, quando tá quente, tá quente mesmo!

Bom, eu estava andando rumo ao trabalho. Vi um senhor de meia-idade aparentando uns 50 anos carregando as compras. Na verdade, um monte de sacolas. Eu olhei a dificuldade com que ele andava com aquele peso todo e vi que eram pets de refrigerante. Contei rapidinho e tinha uns 18 pets lá dividido em umas 6 sacolas de supermercado. Eu o vi carregando com dificuldade e olha só... eu pensei em ajudar. Não sabia sequer o rumo dele, mas eu ia ajudar até onde fosse possível e não me tirar do caminho do meu trabalho. Isso ainda estava só no pensamento.

Aí o homem parou, colocou as sacolas no chão para se ajeitar. Acho que o peso das sacolas estava machucando as mãos... De vez em quando eu ando com sacolas assim e sei como é ruim isso. Esse seria o momento certo de oferecer ajuda... mas ôpa... o que houve? Eu passei direto por ele e fui caminhando. O meu outro pensamento falava assim: "Jun, mas e aí... tu vais ajudar o senhor e poderás suar e molhar a camisa...". Pensando assim, eu fui passando reto fingindo nem ter visto.

Mas aí... a consciência é uma coisa engraçada. Fui caminhando mas o pensamento no homem (no bom sentido). E a consciência buzinando na minha mente: "Piiii, piiii, ajuda, ajuda, ajuda!". E eu levando bronca de mim mesmo: "Esse é o Jun que eu conheço? Cadê? Deixa de ser abestado e ofereça ajuda agora!"

Depois de uns 100 metros, parei. Pra não ficar feio ou chato, eu parei, olhei o trânsito e tipo "fazendo que percebeu" o homem com as sacolas, ofereci ajuda. Fiquei em paz comigo mesmo.

Fomos caminhando sem falar muita coisa, só comentando sobre a cheia do rio Amazonas. Caminhamos mais ou menos uns 300 metros em parceria até a parada de ônibus. Foi quando ele me agradeceu a ajuda e seguiu viagem.

E eu agradeci a Deus pela oportunidade que ele me mandou para testar o meu ser.

Muito obrigado.