quinta-feira, 7 de março de 2013

40 anos!


Hoje, faço uma despedida e agradecimento pelos 10 anos que "ele" passou junto comigo.

Não pensem bobagem, não é um outro "cara". : ) Sou eu mesmo no meu corpo, comigo mesmo.

Ontem, saí da casa dos trinta.

Hoje, entro na casa dos "enta".

De acordo com algumas pessoas... vou passar a conviver com esse "enta" por muuuuuuuuuuito tempo.

Hoje, inicio minha jornada dos "entas": quarenta, cinquenta, sessenta, setenta, oitenta, noventa, cem... centa? mmm... não existe "centa", ufa... alívio que não vou viver até os "centa".

Uma vez, há muito tempo, ouvi da minha mãe essa "ideia" de aniversário, que sempre lembro como uma grande sabedoria.

Ela comentou a história de uma pessoa que ela conhecia, que no dia do aniversário, essa pessoa sempre dava um presente para os pais. Em geral, normalmente a gente pensa que aniversário é para nós recebermos os parabéns, receber presentes, receber as felicitações. No modo normal, é assim que funciona. Mas, no fundo, pensando bem, acredito que na "ideia" que minha mãe me passou, há uma grande sabedoria escondida por trás do nosso "aniversário": Que é um dia que a gente agradece aos pais, representantes de Deus na Terra, pela vida que você recebeu nesse dia.

Eu nasci às 17h30.

Em um determinado ano, acho que não estava em sã consciência, tinha esquecido de tomar meu remédio controlado tarja preta. Como minha área é de Ciências Exatas, sou bem pouco emoção e mais razão. Minha mente trabalha muito no raciocínio lógico, e nesse dia, acho que eu estava "meio" emotivo. "Meio" para não dar o braço a torcer.

Então, nesse ano, acho que em 2004, eu estava em casa deitado na cama. Isso tipo umas 14h. Me veio à mente uma provável cena desse exato horário, desse exato dia, do exato ano de 1973. 07/03/1973 foi uma quarta-feira. Acredito que meu pai estava trabalhando nesse dia. Ele deve ter vindo correndo em casa pra buscar minha mãe pra levar para o hospital. Me veio à mente a minha mãe indo para o hospital. Tentei imaginar o que ela estaria pensando nessa hora. Se era só dor, se era uma certa esperança futura, se era só "mais uma criança", se era uma alegria, se era preocupação. Sei que, mulher, quando fica grávida sente muitas dores, enjoos, que mesmo que as pessoas tentem florear a gravidez da mulher, sei que é um certo "incômodo", e que na reta final, você só quer se "livrar" da "coisa" dentro de você. Mas nesse dia de 2004, tentei imaginar o que teria se passado horas, minutos, segundos antes do meu nascimento... Lagrimei em silêncio imaginando as cenas: eu sendo tirado da barriga, sendo levado para os braços da minha mãe, sendo recebido em meio a sorrisos.

Em 2004 quando "caiu a ficha" para essa situação, pedi perdão pra minha mãe pelo suposto "dano" que causei durante a gravidez que ela passou por minha causa. Pelo que aprendi nos ensinamentos da Seicho-No-Ie, eu sei, que eu pedi para nascer, naquele dia, naquela família, naquela cidade, naquela situação, para tentar poder continuar a aprender algo sobre a Vida, naquela época, com meu pai, minha mãe, e minha irmã mais velha. Os outros irmãos vieram depois. Em meio ao sentimento de perdão, veio misturado também o sentimento de gratidão por ter-me permitido nascer. Pai, mãe, obrigado.

Eu não sei como estou me comportando hoje em dia aos olhos de Deus. Sei que não sou flor que se cheire, até porque de "flor" não tenho nada.

Mas o que eu queria falar nesse post, era registrar essa "ideia" de aniversário, "ideia" que minha mãe repassou pra mim, e vai ficar como uma herança que vai ficar gravado para sempre na minha memória.

Atualmente, geograficamente falando, por enquanto estou distante da minha mãe. Mais ou menos 1.295 km nos separam. : ) A distância com meu pai ficou maior em 2010, com a passagem dele para o plano espiritual. Obrigado mãe, obrigado pai.

Mãe, se tudo correr bem, eu pedi pra minha irmã comprar uma fatia de bolo na confeitaria Abelhuda para a senhora comer na hora do almoço. Na verdade, vou pedir pra comprar 2 fatias. Uma pra senhora, outro pro pai para ser oferendado no oratório.

Abraços a todos.

E, obrigado.


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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Toire no Kamisama (by Kana Uemura)

Traduzindo o título deste post: Deusa do toalete


É uma música que tocou no famoso "Kouhaku uta gassen" que passa no início do ano no canal japonês, NHK.

Essa música, tomei conhecimento através do meu irmão que me enviou o link do Youtube.

O link está aqui >>> http://www.youtube.com/watch?v=Z2VoEN1iooE

A letra da música eu coloco aqui em baixo, e mais em baixo coloco a tradução. Chorei, chorei, ao ouvir a música. Lembranças da minha vó.

Um dia, minha mãe brigou comigo, não lembro o motivo, mas no final ela lançou uma pergunta: Preferes morar em casa ou na casa da vó? E respondi sem pensar muito: Na casa da vovó...

Eu tinha uns 5 anos, eu acho.

Assim, fui expulso de casa. Fui andando até a casa da minha vó, distante uns 30 minutos. Passei o dia inteiro lá. E ao escurecer, minha vó, que não sabia nada do porquê eu estar lá, preocupada, perguntou se eu não ia voltar pra casa pois ia deixar os pais preocupados. E eu falei que já ia embora... E como eu ia voltar pra casa? Depois de algum tempo, meu pai chegou pra me buscar me levando pra casa. Não lembro se minha mãe falou algo quando me viu chegar em casa. :)


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Toire no Kamisama (by Uemura Kana)

Shou san no koro kara naze da ka
Obaachan to kurashiteta
Jikka no tonari datta kedo
Obaachan to kurashiteta

Mainichi otetsudai o shite
Gomoku narabe mo shita
Demo toire souji dake nigate na watashi ni
Obaachan ga kou itta

*Toire ni wa sore wa sore wa kirei na
Megami sama ga irun ya de
Dakara mainichi kirei ni shitara
Megami sama mitai ni
Beppin san ni narerun ya de

Sono hi kara watashi wa toire wo
Pika pika ni shi hajimeta
Beppin san ni zettai naritakute
Mainichi migaiteta

Kaimono ni dekaketa toki ni wa
Futari de kamonanba tabeta
Shinki geki rokuga shisokoneta obaachan wo
Naite semetari mo shita
Repete*

Sukoshi otona ni natta watashi wa
Obaachan to butsukatta
Kazoku to mou umaku yarenakute
Ibasho ga nakunatta

Yasumi no hi mo ie ni kaerazu
Kareshi to asondari shita
Gomoku narabe mo kamonanba mo
Futari no aida kara kietetta

Doushite darou hito wa hito wo kizutsuke
Taisetsu na mono nakushiteku
Itsumo mikata wo shite kureteta obaachan nokoshite
Hitori kiri ie hanareta

Joukyou shite ninen ga sugite
Obaachan ga nyuuin shita
Yasete hosoku natte shimatta
Obaachan ni ai ni itta

"Obaachan, tadaima!" tte waza to
Mukashi mitai ni itte mita kedo
Chotto hanashi tadake datta no ni
"Mou okaeri." tte byoushitsu wo dasareta

Tsugi no hi no asa obaachan wa
Shizuka ni nemuri ni tsuita
Maru de maru de watashi ga kuru no wo
Matte ite kureta you ni

Chanto sodatete kureta no ni
Ongaeshi mo shitenai no ni
Ii mago ja nakatta no ni
Konna watashi wo mattete kuretan ya ne

Toire ni wa sore wa sore wa kirei na
Megami sama ga irun ya de
Obaachan ga kureta kotoba wa kyou no watashi wo
Beppin san ni shite kureteru ka na
Repete *

Kitate no ii oyome san ni naru no ga
Yume datta watashi wa
Kyou mo sesseto toire wo
Pika pika ni suru

Obaachan obaachan arigatou
Obaachan honma ni arigatou

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Deusa do toalete (de Kana Uemura)

Não sei por qual motivo, desde a 3a série
Passei a morar com minha vó
Era bem ao lado da minha terra natal, mas
Passei a morar com minha vó

Eu a ajudava todos os dias
E até brincava com ela de “Gomoku narabe”
Mas, pra mim, que não conseguia limpar o toalete
A minha vó disse assim:

No toalete mora uma linda, linda Deusa

Por isso, se limpar todos os dias, você vai ficar linda como a Deusa



A partir daquele dia, eu passei a limpar bem o toalete

Como eu queria ficar linda de todo jeito
Limpava todos os dias

Quando saíamos para fazer compras
Nós duas comíamos “kamonanba”
A vovó não conseguiu gravar uma peça teatral de comédia
Chorando, eu reclamei a ela


Eu, que cresci um pouco,
Comecei a bater de frente com a vovó
Como não conseguia me dar bem nem com os familiares
Fiquei sem lugar pra ficar

Durante as férias, não voltava pra casa
Fiquei me divertindo com o namorado
O jogo “Gomoku narabe” e o “kamonanba”
Foi desaparecendo das nossas vidas

Por que as pessoas machucam as outras?
Vai-se perdendo as coisas importantes...
Abandonei a minha vó que sempre foi minha aliada
E me afastei de casa sozinha

Depois de 2 anos que voltei à cidade
A vovó se internou
Ela emagreceu bastante
E eu fui visitá-la no hospital

Cumprimentei-a que nem antigamente “Vovó, cheguei!”

Conversamos muito pouco,
Mas a vovó disse pra eu ir embora e me botou pra fora

Na manhã do dia seguinte, a minha vó
Silenciosamente fechou os olhos
É como se ela estive apenas me esperando para se despedir


Ela me criou direitinho,
Não pude retribuir ao que ela me fez
Nem fui uma boa neta
E mesmo eu sendo desse jeito, ela me esperou

No toalete, está lá uma linda linda Deusa

As palavras que a minha vó me falou, será que me fez linda também?



Eu tinha um sonho de me tornar uma boa esposa

E hoje também continuo limpando bem o toalete


Vovó... vovó... obrigada
Vovó... obrigada de coração

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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Chocolate Nestlé

Olá a todos, bom dia.

No sábado, antes do domingo de Páscoa, estávamos passeando pelas ruas de Manaus. Paramos num sinal perto do salão Elegance. Uma menina, acho que devia ter uns 11 anos, andando no meio dos carros oferecendo acho que um coelho inflável daqueles que aperta e faz "fó-fi-fó-fi" : )

Ainda era de dia. Apesar de não ser uma cena tão boa, de ver crianças "trabalhando", uma pessoa transformou essa cena.

A menina já tinha passado por nós e já estava lá atrás. O carro do lado buzinou e eu pensei: "Ôpa! Venda a vista! Vão comprar o coelhinho!". A menina voltou correndo, recebeu algo, e saiu com sorriso no rosto, saltitando, cheio de alegria... Tentei ver o que ela tinha recebido: um chocolate Nestlé em mãos e saltitando feliz da vida.

Parabéns a essa pessoa que teve essa idéia de proporcionar felicidade.

E obrigado pela cena linda que vimos.

Abraços.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

13 anos!

No dia 01/11/2009 antes do almoço...

Jun: - Lê logo a oração!
Yuri: - Não, é pra tu ler...
Jun: - Yuri, é pra tu ler porque é teu aniversário hoje! E vê se lê bonito!

E começou a ler as bem aventuranças da Bíblia que a vó dele entregou.

1. Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
2. Bem aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
3. Bem aventurados os que choram, porque serão consolados.
4. Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
5. Bem aventurados os que são misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
6. Bem aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
7. Bem aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.
8. Bem aventurados os que sofrem perseguição por amor à justiça, porque deles é o reino dos céus. (Mt 5, 1-10).

Assim que terminou, a vó dele tomou a palavra e começou a agradecer o nascimento dele, a abençoá-lo por estar completando mais um ano de vida, por estar no meio de nós.

Eu não sou tão de me comover com algo... mas nessa hora eu já tava quase chorando. Acho que por causa das palavras da dona Tatá agradecendo pela vida do Yuri.

Ao olhar pro Yuri, percebi que ele estava com os olhos vermelhos tipo aguentando para não chorar também...

E logo depois que ela disse "Amém", todos começaram a cantar... "Parabéns pra você, nesta data querida...", nessa hora, a emoção que já estava no ar se espalhou mais ainda e foi cair direto nas lágrimas que o Yuri derramou, e que provocou lágrimas em várias pessoas que estavam lá também.

E ficou lá chorando por vários minutos ainda recebendo as felicitações e abraços de todos...

Eu não estava com a Nikon nessa hora e perdi a oportunidade de registrar esse momento. Foi um momento muito bonito marcado no coração de todos e principalmente no do Yuri...

Yuri, parabéns pelos 13 anos! : )


PS: Tem uma observação do Yuri que vou deixar pra escrever num outro post.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tan-tan???

Um dia desses eu tava voltando pra casa e percebi que tinha subido uma moça meio fora dos padrões normais no busão que eu estava.

Ela estava meio suja, com roupa velha, cabelo curto todo enrolado (não sei se era por causa da falta de banho ou se ela já tinha nascido assim ao chegar ao mundo), e em pé se apoioando numa cadeira e se segurando pra não cair nas freadas que o motorista dava de supetão pra "acordar" o povo que estava cansado indo pras suas casas.

Ela chamou atenção, não só minha, mas de todos os passageiros, pois falava sozinha e em linguagem incompreensível. Sabe tipo resmungando, não abrindo a boca pra falar direito, com preguiça, arrastado, etc. Não sei se era alguma língua estrangeira, mas eu sei que não era nem japonês, nem inglês, e nem linguagem de Tomé-Açu, minha terra natal :) :)


Falando em gente que fala sozinho, me lembrei do "Tá bola aí". Ele ia todo dia tomar água na torneira que ficava fora do apartamento que morávamos. Um prédio pequeno com 2 andares e 4 apartamentos. Mas, ô maldade que eu e o meu irmão fazia com ele... A gente morava no 2º andar do prédio. E quando ele vinha colocar água na latinha dele pra tomar, a gente jogava pedra, areia, barro pra sujar... coisa de moleque. :) E ele não sabia quem estava jogando e gritava "Tá bola aí" aos ventos. Pelo menos, era isso que a gente entendia ele falar. E acabou virando o "nome" dele.

Bom, voltando ao assunto da moça que falava sozinha. O que mais me chamou atenção, é que ela balbuciava sozinha e vira e mexe ria também, soltava gargalhadas.

Eu não quis muito encará-la pra ela não querer falar algo comigo ou se chegar a mim. Mas o resto da viagem eu estava atenta a essa "marmota" que ela estava fazendo. Parecia que ela falava com alguém, um amigo imaginário na cabeça dela, e conversava altos papos. E ria, e ria, e ria sem parar. Me dava vontade de rir junto. Não rindo de deboche dela. Mas, eu sei que riso contagia, e deu vontade de ficar rindo junto com ela, mesmo sem entender patavina do que ela falava. Me deu vontade de ter poderes especiais, entrar na cabeça dela e saber com quem ela falava e o que ela falava e o que a fazia rir daquele jeito.

Aparentemente, ela era tipo uma "tan-tan", "não regula bem", esses nomes que dão por aí das pessoas fora do comum. Mas pensando bem, tem muita gente aparentemente "normal" mas que não tem essa alegria dentro de si. E vive por dias aparentando "normal", mas com tristeza no coração.

Acho que se me perguntassem se eu queria ser a moça "tan-tan" ou um normal meio triste, preferia estar na pele da moça "tan-tan" e ter uma super alegria dentro de mim. É claro que é melhor ser normal com alegria, mas às vezes, eu sei, é difícil no mundo de hoje ver gente assim.

Enquanto isso, na bat-caverna, vamos todos, nos seus respectivos jeitos e modos, colocar alegria no coração e extravasar. :)

Um grande abraço a todos.

E Deus, obrigado por esta cena, e por todas as coisas que acontecem na minha vida.

terça-feira, 23 de junho de 2009

18 pets de refrigerante

Foi de manhã cedo... O Leon me deixou numa rua não tão próximo do trabalho, mas foi porque eu mesmo falei pra me deixar lá pra não atrapalhar o rumo dele. Já pensou um carona exigente? Eu não sou assim. :) :)

O sol ainda não estava escaldante, e o povo daqui de Manaus que confirme, quando tá quente, tá quente mesmo!

Bom, eu estava andando rumo ao trabalho. Vi um senhor de meia-idade aparentando uns 50 anos carregando as compras. Na verdade, um monte de sacolas. Eu olhei a dificuldade com que ele andava com aquele peso todo e vi que eram pets de refrigerante. Contei rapidinho e tinha uns 18 pets lá dividido em umas 6 sacolas de supermercado. Eu o vi carregando com dificuldade e olha só... eu pensei em ajudar. Não sabia sequer o rumo dele, mas eu ia ajudar até onde fosse possível e não me tirar do caminho do meu trabalho. Isso ainda estava só no pensamento.

Aí o homem parou, colocou as sacolas no chão para se ajeitar. Acho que o peso das sacolas estava machucando as mãos... De vez em quando eu ando com sacolas assim e sei como é ruim isso. Esse seria o momento certo de oferecer ajuda... mas ôpa... o que houve? Eu passei direto por ele e fui caminhando. O meu outro pensamento falava assim: "Jun, mas e aí... tu vais ajudar o senhor e poderás suar e molhar a camisa...". Pensando assim, eu fui passando reto fingindo nem ter visto.

Mas aí... a consciência é uma coisa engraçada. Fui caminhando mas o pensamento no homem (no bom sentido). E a consciência buzinando na minha mente: "Piiii, piiii, ajuda, ajuda, ajuda!". E eu levando bronca de mim mesmo: "Esse é o Jun que eu conheço? Cadê? Deixa de ser abestado e ofereça ajuda agora!"

Depois de uns 100 metros, parei. Pra não ficar feio ou chato, eu parei, olhei o trânsito e tipo "fazendo que percebeu" o homem com as sacolas, ofereci ajuda. Fiquei em paz comigo mesmo.

Fomos caminhando sem falar muita coisa, só comentando sobre a cheia do rio Amazonas. Caminhamos mais ou menos uns 300 metros em parceria até a parada de ônibus. Foi quando ele me agradeceu a ajuda e seguiu viagem.

E eu agradeci a Deus pela oportunidade que ele me mandou para testar o meu ser.

Muito obrigado.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Esse é o Geberson

Esse é o Geberson, irmão da Selma, esposo da Sâmara, pai do Cadú, filho da Tatá e do Vivaldo.

Ontem tínhamos sido convidados para um churrasco de "re-despedida" da Paty (prima da Selma) que tinha ido alçar vôos maiores pro exterior há uns anos aí. Conheceu o Brian lá no exterior, casou lá e vieram pra Manaus fazer uma visita e casar no religioso.

O Brian, que se casou com a Paty, acho que é dinamarquês, pelo menos, moram na Dinamarca. Tudo bem que isso não quer dizer que seja dinamarquês. :) :)

E em geral, como o Brian não sabe falar o português, ou ele fica a mercê das traduções da Paty, ou ele fica quietinho, ou ele tenta entender o que falam pra ele...

E ontem ele estava lá quieto, prestando atenção ao ambiente, vendo as animações do pessoal, algumas pessoas falando algo pra ele, e o Geberson assando o churrasco.

Depois que o Geberson terminou a função de assador oficial, foi se sentar com o Brian e começou a puxar papo com ele. O Geberson, não sei se terminou algum curso de inglês ou se ele é um curioso que se vira pra aprender a falar o idioma inglês. De acordo com a Selma, antigamente ele vinha pro Porto pra praticar o inglês, abordar um estrangeiro e puxar conversa pra treinar.

Eu terminei um curso completo de inglês de 5 anos, entendo o que falam razoavelmente, mas não falo fluente por falta de prática. Mas eu vi que esses 5 anos, parece que não fizeram muita diferença... a não ser gastar o dinheiro dos meus pais...

Eu ficava olhando o Geberson se virando para encontrar as palavras, gesticulando, enfim, fazendo de tudo para o Brian entender o assunto e se entrosar.

Vi que, mais que o diploma, vale a iniciativa de chegar lá, sentar-se, e a boa vontade de querer fazer o Brian se entreter na churrascada que foi oferecida a ele e à Paty. Mesmo atropelando algumas palavras no "English".

Parabéns Geberson pela atitude, que eu sei que é o seu natural do dia-a-dia.

E tome mais coisas pra eu melhorar... :)

Abraços a todos.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Oportunidades da vida

Olá pessoal, bom dia!

Assisti a um filme chamado "A volta do todo poderoso".

Teve uma parte bem marcante que achei legal e que, de fato, acho que é assim que as coisas acontecem na nossa vida.

A esposa do Evan Baxter (o que faz o papel de Noé) o abandonou por causa da loucura dele de ter que construir a Arca de Noé porque Deus tinha pedido.

Já fora de casa, ela estava com os filhos numa lanchonete. E os outros clientes da lanchonete, assistindo à notícia sobre essa loucura da construção da Arca, ficaram debochando e fazendo pouco disso.

Ela é abordada por um garçon (o ator que faz papel de Deus) que pergunta se está tudo bem com ela. A princípio ela diz que está tudo bem, mas logo depois desmente e diz que não está nada bem. Então, ela conta da loucura do marido e que a situação não andava bem entre eles. Aí é o lance legal que achei quando Ele fala assim pra ela:

- Se alguém rezar pedindo paciência, acha que Deus dará paciência? Ou Deus dará a oportunidade de ser paciente?
- Se pedimos coragem, Deus dá coragem? Ou nos dá a oportunidade de sermos corajosos?
- Se alguém pede que a familia seja mais unida, acha que Deus une a familia com amor e alegria? Ou dá a eles a oportunidade de se amarem?

Dito isso ele some e o filme segue adiante.

Fez eu pensar que na vida, deve ser assim mesmo que acontece. As oportunidades surgem para nos fazer crescer. Lembro que, um dia, eu falei pra uma amiga que não existiam pessoas más. Mas que existiam pessoas que aparentemente se manifestavam de uma forma má. No fundo, no fundo, Deus mandava aquelas pessoas pra fazer você crescer mais e mais espiritualmente. E é legal quando você tenta, pelo menos, compreender isso. Eu sei que na prática é difícil aceitar isso.

Já pensou? Uma pessoa querendo puxar seu tapete e você tentar imaginar a mão de Deus naquela atitude daquela pessoa. E Deus dizendo nas entrelinhas: "Eu quero que você aprenda alguma lição com essa pessoa que estou lhe enviando e quero que com isso, você cresça espiritualmente". É difícil, mas acho que a Vida é desse jeito...

Um abraço a todos!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Em memória da Paty (Fátima)

















Na sequência: Dany, Paty (Fátima) e Drica (Fotos by Esdras, montagem by me).

Conheci a Paty através da Dany que é minha amiga. O meu contato com a Paty era bem raro, geralmente quando tinha algum aniversário na casa dos pais dela, quando eu fazia algumas visitas onde fui "forçado" a ajeitar o armário da Drica, etc. Eu sei que ela deveria ser normal como todos nós, com altos e baixos. Mas nesses raros momentos em que tive contato, só consegui captar boas energias de alegria e sorrisos. Essa é a lembrança que vai ficar dela na minha memória: uma pessoa com grande dose de alegria.

No dia 31/01/2009, ela deu seu último suspiro e partiu para os braços do Pai.

Paty, onde vc estiver, continue espalhando sementes de alegria. Proteja seus familiares emanando muitas vibrações de amor.

Como tenho a convicção de que a Vida é eterna, então... Paty, até breve...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sacolas reutilizáveis?

Numa das inúmeras visitas ao supermercado Carrefour, bati o olho num cartaz que estava afixado perto do Caixa. Dizia o cartaz para comprarmos sacolas reutilizáveis que estavam a venda lá mesmo no Carrefour para podermos diminuir o uso dos sacos plásticos em prol do meio ambiente. Eu tento ter atitudes de sustentabilidade em prol do nosso planeta Terra (às vezes falho e outras vezes, falho muito) mas quando eu vi o cartaz eu pensei:
- Quem que vai "comprar" uma sacola, mesmo que reutilizável, se o próprio supermercado oferece "de graça" os sacos plásticos para acomodar as compras? Acho que o Carrefour pirou. Ninguém vai comprar isso!

Eu comecei a pensar um pouco mais sobre isso, motivado por um episódio na Americanas. A compra não era muita coisa: 3 barras de chocolate e um pacote de fandango. A moça acomodou num saco e me entregou. Em geral, quando vejo que o saco pode vir a rasgar por conter produtos com pontas ou pesados, eu peço outro saco para reforçar para não ficar na mão no meio da rua com um saco rasgado e as compras esparramadas pelo chão. : ) E aí a atendente, aparentemente atenciosa no início, olhou pra mim e disse: - Não posso dar outro saco...

Eu escutei mas não tinha entendido o porquê da resposta. Pensei que ela poderia estar brincando e perguntei o motivo. Aí veio uma resposta assim: - Não posso, porque a compra é muito pequena...

E aí fiquei indignado explicando pra moça que a compra continha itens com pontas e poderia rasgar o saco. Acabou que ela, toda sem jeito, aceitou a minha opinião e liberou mais um saco. Eu vejo negociadores atuando na liberação de reféns, mas nunca pensei que eu teria de negociar um saco a mais para reforçar minhas compras. : )

Depois fui andando e pensando: - E se a atendente falasse que a Americanas estava em campanha em prol do meio ambiente tentando diminuir o uso de sacos plásticos?

Provavelmente eu teria aceito a campanha e saído de lá satisfeito por ter ajudado a natureza. Mas é que achei o motivo exposto muito michuruca (não sei se escreve assim...).

Mas com isso, eu passei a pensar que preciso cuidar mais sobre esse "faniquito" meu de sempre querer sacos duplos nas minhas compras. É claro que eu não jogo fora os sacos ao chegar em casa. Eles sempre são bem vindos nos cestos de lixo doméstico. De alguma forma eu aproveito. Mas vou tentar... atenção, falei que vou tentar, não sei se com sucesso, aderir à campanha do Carrefour de diminuir o uso de sacos plásticos.

Sei que, eu fazendo isso, não vou salvar o planeta, mas é aquela estória do beija-flor, estarei fazendo minha parte.

Abraços a todos.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Eternizando momentos

Essa foi uma foto feita pela minha assistente de fotografia, a Selma. Eu falo "assistente", mas acho que na verdade, eu que sou o assistente dela. Em geral, os takes dela são mais bonitos. O que falta nela é altura para poder pegar melhor as fotos de um ângulo mais "de cima".

Bom, voltando à foto, acho que foi uma das mais bonitas que tenho. E olha que dizer que estou "bonito" é raro. Talvez a foto faça milagre sim. : )

Eu não lembro bem o momento que eu comecei a gostar dessa arte chamada "fotografia". Não lembro quando que, ter uma máquina fotográfica em minhas mãos me deixava com uma boa sensação. Formatura da Terry em 2007? Não sei... depois, um outro dia, eu penso melhor nisso. Acho que é bom saber o exato momento que comecei com esse hobby, que não é azul, nem vermelho : ) : ) é preto. : )

Há pessoas que acham que fotografar se resume em um simples apertar do shutter. Há muito mais em jogo que isso. É claro que tem que se conhecer a máquina que você está manuseando para você ter o domínio técnico sobre a máquina. Mas o mais importante e que não pode faltar, é o senso de fotografia, o olhar artístico, a percepção de sentimentos. Afinal, fotografia é uma arte. Perceber momentos, captar sentimentos, enfim, esse monte de coisa que eu tenho que desenvolver já que eu me considero muito "razão e lógico" tipo um robô. : )

Um dia eu estava pensativo assim: Que eu tiro fotos e tal, e pra mim, isso pode ter se tornado uma coisa meio comum, apesar de desafiador. Mas para a pessoa que está recebendo esses cliques, há uma chance de poder virar uma lembrança eterna de um momento especial na vida dela. Seja um aniversário de 1 ano, um casamento, uma formatura, uma festa, um book, um almoço em família, uma gravidez, bodas de ouro, jogos esportivos do filho, uma viagem de férias, etc. E aí eu sempre imagino uma cena que eu já vi em um filme que não recordo o nome. A cena é assim: Uma pessoa tira uma foto, faz o barulho do clique, a foto aparece na tela como se estivesse sido impressa e num efeito especial do Spilberg, a foto se envelhece e acaba aparecendo dentro de um álbum e outra pessoa olhando e recordando o momento. E isso é o que eu desejo sempre que estou tirando fotos. Que esta foto seja motivo de muita felicidade e que a pessoa guarde para a eternidade. E se eu puder ser o fotógrafo que pôde proporcionar isso, me dou por satisfeito.

Abraços!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

- É só colocar o pé nesse lugar é?

Olá pessoal, bom dia.

Aconteceu assim (se você imaginar como fundo musical o som do filme "Missão Impossível" fica mais bacana de ler):

1 - Peguei os pães na padaria que fica no 2º andar do Supermercado DB;

2 - Estava atrasado para o trabalho, por isso depois de pegar o pão, desci às pressas a escada rolante para me dirigir ao Caixa;

3 - Ao por os pés na escada rolante, percebi que tinha esquecido a margarina. Tive de voltar ao 2º andar;

4 - Pensei em dar meia volta na própria escada rolante para não ter que descer toda escada, e novamente ter que subir de novo. Mas isso me pareceu que seria um mico... Então com um sentimento de despedida para o 2º andar eu fiquei olhando para ele se afastando de mim... é... bola pra frente que atrás vem gente;

5 - Vi uma senhora idosa no pé da escada rolante falando algo que não entendi. Pensei que ela estava só aguardando alguém conhecido, então subi sem dar muita atenção;

6 - Logo depois percebi uma movimentação. Ao me virar, percebi que ela estava é com dificuldade para por os pés na escada rolante. Ainda cheguei a ouvir um: - É só colocar o pé nesse lugar é?

7 - Me deu vontade de voltar e pegar na mão dessa senhora e subir junto. Mas eu já estava da metade pra cima... Seria um mico eu sair descendo as escadas rolantes... Mas uma outra senhora mais nova a ajudou a por os pés iniciais;

8 - Como ela parecia estar com pressa, se desgarrou dessa outra senhora nova e veio subindo toda independente;

9 - Eu ouvi um: - E agora... tou com medo na hora de sair da escada...

10 - Aí foi a oportunidade que Deus me deu para poder ajudá-la. Eu fiquei em pé no final da escada tipo um mordomo espera o dono da casa;

11 - Quando ela veio se aproximando, estendi a mão e peguei a mão dela. Essa cena de dar as mãos parece aquela que eu vi no filme "Titanic" quando o Jack estende as mãos pra Rose, não sei se já é quase no final do filme, quando a Rose, já velha, morre e vai para uma outra dimensão e o Jack está aguardando-a no salão do Titanic. É tipo essa estendida de mão que eu fiz;

12 - A senhora disse: - Obrigado meu filho - e se despediu de mim;

13 - Peguei a margarina e, missão cumprida;

(Agora pode parar o fundo musical do filme "Missão Impossível" na sua mente)

De certa forma, eu achei legal isso tudo. Sabe, eu imagino por exemplo a minha vó nessa dificuldade do mundo moderno atual. E eu gostaria que se, um dia, elas estivessem numa situação parecida, aparecesse uma pessoa do nada e a ajudasse no que fosse preciso.

Obrigado.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

"Quando isso de novo?"

Ontem, assisti ao filme "Nárnia - Prince Caspian" com a Selminha, Marcello e Lana. E aconteceu uma coisa lá que, aparentemente, não foi tão agradável. Digo "aparentemente", mas que acho que tudo conspirou para ser daquele jeito e que no final das contas, acho que foi bom.

Isso me fez lembrar de uma frase que eu ouvi há um tempo que, de certa forma me fez refletir.

"Quando isso de novo?".

Foi um dia que a Selma estava cozinhando um estrogonoff (nem sei se é assim que se escreve) na casa da Telma, irmã dela. E como esse tipo de coisa não acontece duas vezes na vida (rsrsrsrsrs), tem que aproveitar e experimentar a comida que por sinal estava muito boa.

Só que, na hora de arrumar a mesa, a Telma falou: "Hoje, vamos comer fora". "Fora" é tipo um pátio que fica na frente da casa ao ar livre de baixo de umas folhagens de uma árvore. E como estava uma tarde agradável, colocamos a mesa, as cadeiras, os pratos, os talheres, tudo pra fora de casa.

Começamos todos a servir os pratos e comer. Nessa hora, a Telma pára, respira, olha pra aquela cena e comenta: - Quando isso de novo?

Momento registrado na nossa mente que vai ficar como lembrança pro resto de nossas vidas, que talvez nunca mais se repita. São momentos mágicos como esses que a gente leva pra eternidade.

Eu sei que todos os momentos na vida são únicos, mas que vez ou outra a gente esquece disso nos atropelos do dia-a-dia. Principalmente eu.

Abraços a todos!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Reinventando a roda


Essa figura aparentemente não tem nada a ver com o que vou escrever aqui... mas confira.

A história se desenrolou assim: Eu estava no Terminal 2 (o da Cachoeirinha) esperando meu busão pra casa.

De repente vi um homem com uma caixa grande, mas grande mesmo, tipo medindo 1,50m x 1,50m e 30cm de largura. Eu estava bem no meio do terminal que deve ter uns 100 metros. Percebi quando ele já estava próximo até porque eu acho que era impossível não ver aquela cena. Ele vinha rolando essa caixa (por isso da imagem que escolhi para este post) tipo uma roda quadrada. E ele vinha pedindo licença pro povo dar espaço e ele vinha girando a caixa. Imaginem uma caixa de 1,50m x 1,50m. Acho que é a altura da minha mãe. : ) : )

Eu estava pasmo observando aquela cena e ainda o permiti girar 2 vezes a caixa para se locomover. Aí como num estalar dos dedos, me despertei. Eu pensei comigo mesmo: "Não vou permitir que ele vá rolando essa caixa na dificuldade, tendo eu como um mero expectador". Eu estava falando com uma amiga minha, a Selminha. No mesmo instante eu cortei o que estava falando com um: "Peraí Selminha..." e ofereci minha ajuda ao moço. Interessante que, acho que ele vinha de lá da outra ponta do terminal e ninguém tinha se oferecido a ajudar... pode ser que ele tenha recusado ajuda... mas não... ele aceitou docilmente a ajuda e fomos carregando a caixa, eu e ele.

Apesar de não ter sido tão longe pra onde ele ia, acho que foi legal a iniciativa de ajudar. Eu acredito que que várias pessoas no terminal pensaram em ajudar, mas acho que só faltou coragem e iniciativa para oferecer ajuda.

Abraços a todos!

quinta-feira, 24 de abril de 2008



















Olá gente, bom dia.

Este post tem mais um caráter "convite". Eu participo de um movimento filosófico-religioso chamado Seicho-No-Ie (originado do Japão). E estamos com esse evento na "fita".

Data: 03/maio/2008 (primeiro sábado de maio)
Local: Auditório da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas
Horário: 17:30

E os temas das palestras que serão abordadas estão na imagem acima.

Serão abordados vários tópicos nas palestras.
- os segredos do bem viver;
- como nos portar diante das dificuldades da vida;
- como ser uma pessoa de atitude positiva;
- a importância de idealizar um grande sonho;
- o que os caras de sucesso têm em comum;
- o que fazer para ter uma família mais unida;
- a felicidade ao seu alcance;
- etc etc

Muito obrigado a vcs todos! Aguardo vc lá no dia.

Maiores informações podem ser obtidos comigo (jnagahama@yahoo.com) ou através dos fones na imagem do cartaz.