quarta-feira, 4 de novembro de 2009

13 anos!

No dia 01/11/2009 antes do almoço...

Jun: - Lê logo a oração!
Yuri: - Não, é pra tu ler...
Jun: - Yuri, é pra tu ler porque é teu aniversário hoje! E vê se lê bonito!

E começou a ler as bem aventuranças da Bíblia que a vó dele entregou.

1. Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
2. Bem aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
3. Bem aventurados os que choram, porque serão consolados.
4. Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
5. Bem aventurados os que são misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
6. Bem aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
7. Bem aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.
8. Bem aventurados os que sofrem perseguição por amor à justiça, porque deles é o reino dos céus. (Mt 5, 1-10).

Assim que terminou, a vó dele tomou a palavra e começou a agradecer o nascimento dele, a abençoá-lo por estar completando mais um ano de vida, por estar no meio de nós.

Eu não sou tão de me comover com algo... mas nessa hora eu já tava quase chorando. Acho que por causa das palavras da dona Tatá agradecendo pela vida do Yuri.

Ao olhar pro Yuri, percebi que ele estava com os olhos vermelhos tipo aguentando para não chorar também...

E logo depois que ela disse "Amém", todos começaram a cantar... "Parabéns pra você, nesta data querida...", nessa hora, a emoção que já estava no ar se espalhou mais ainda e foi cair direto nas lágrimas que o Yuri derramou, e que provocou lágrimas em várias pessoas que estavam lá também.

E ficou lá chorando por vários minutos ainda recebendo as felicitações e abraços de todos...

Eu não estava com a Nikon nessa hora e perdi a oportunidade de registrar esse momento. Foi um momento muito bonito marcado no coração de todos e principalmente no do Yuri...

Yuri, parabéns pelos 13 anos! : )


PS: Tem uma observação do Yuri que vou deixar pra escrever num outro post.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tan-tan???

Um dia desses eu tava voltando pra casa e percebi que tinha subido uma moça meio fora dos padrões normais no busão que eu estava.

Ela estava meio suja, com roupa velha, cabelo curto todo enrolado (não sei se era por causa da falta de banho ou se ela já tinha nascido assim ao chegar ao mundo), e em pé se apoioando numa cadeira e se segurando pra não cair nas freadas que o motorista dava de supetão pra "acordar" o povo que estava cansado indo pras suas casas.

Ela chamou atenção, não só minha, mas de todos os passageiros, pois falava sozinha e em linguagem incompreensível. Sabe tipo resmungando, não abrindo a boca pra falar direito, com preguiça, arrastado, etc. Não sei se era alguma língua estrangeira, mas eu sei que não era nem japonês, nem inglês, e nem linguagem de Tomé-Açu, minha terra natal :) :)


Falando em gente que fala sozinho, me lembrei do "Tá bola aí". Ele ia todo dia tomar água na torneira que ficava fora do apartamento que morávamos. Um prédio pequeno com 2 andares e 4 apartamentos. Mas, ô maldade que eu e o meu irmão fazia com ele... A gente morava no 2º andar do prédio. E quando ele vinha colocar água na latinha dele pra tomar, a gente jogava pedra, areia, barro pra sujar... coisa de moleque. :) E ele não sabia quem estava jogando e gritava "Tá bola aí" aos ventos. Pelo menos, era isso que a gente entendia ele falar. E acabou virando o "nome" dele.

Bom, voltando ao assunto da moça que falava sozinha. O que mais me chamou atenção, é que ela balbuciava sozinha e vira e mexe ria também, soltava gargalhadas.

Eu não quis muito encará-la pra ela não querer falar algo comigo ou se chegar a mim. Mas o resto da viagem eu estava atenta a essa "marmota" que ela estava fazendo. Parecia que ela falava com alguém, um amigo imaginário na cabeça dela, e conversava altos papos. E ria, e ria, e ria sem parar. Me dava vontade de rir junto. Não rindo de deboche dela. Mas, eu sei que riso contagia, e deu vontade de ficar rindo junto com ela, mesmo sem entender patavina do que ela falava. Me deu vontade de ter poderes especiais, entrar na cabeça dela e saber com quem ela falava e o que ela falava e o que a fazia rir daquele jeito.

Aparentemente, ela era tipo uma "tan-tan", "não regula bem", esses nomes que dão por aí das pessoas fora do comum. Mas pensando bem, tem muita gente aparentemente "normal" mas que não tem essa alegria dentro de si. E vive por dias aparentando "normal", mas com tristeza no coração.

Acho que se me perguntassem se eu queria ser a moça "tan-tan" ou um normal meio triste, preferia estar na pele da moça "tan-tan" e ter uma super alegria dentro de mim. É claro que é melhor ser normal com alegria, mas às vezes, eu sei, é difícil no mundo de hoje ver gente assim.

Enquanto isso, na bat-caverna, vamos todos, nos seus respectivos jeitos e modos, colocar alegria no coração e extravasar. :)

Um grande abraço a todos.

E Deus, obrigado por esta cena, e por todas as coisas que acontecem na minha vida.

terça-feira, 23 de junho de 2009

18 pets de refrigerante

Foi de manhã cedo... O Leon me deixou numa rua não tão próximo do trabalho, mas foi porque eu mesmo falei pra me deixar lá pra não atrapalhar o rumo dele. Já pensou um carona exigente? Eu não sou assim. :) :)

O sol ainda não estava escaldante, e o povo daqui de Manaus que confirme, quando tá quente, tá quente mesmo!

Bom, eu estava andando rumo ao trabalho. Vi um senhor de meia-idade aparentando uns 50 anos carregando as compras. Na verdade, um monte de sacolas. Eu olhei a dificuldade com que ele andava com aquele peso todo e vi que eram pets de refrigerante. Contei rapidinho e tinha uns 18 pets lá dividido em umas 6 sacolas de supermercado. Eu o vi carregando com dificuldade e olha só... eu pensei em ajudar. Não sabia sequer o rumo dele, mas eu ia ajudar até onde fosse possível e não me tirar do caminho do meu trabalho. Isso ainda estava só no pensamento.

Aí o homem parou, colocou as sacolas no chão para se ajeitar. Acho que o peso das sacolas estava machucando as mãos... De vez em quando eu ando com sacolas assim e sei como é ruim isso. Esse seria o momento certo de oferecer ajuda... mas ôpa... o que houve? Eu passei direto por ele e fui caminhando. O meu outro pensamento falava assim: "Jun, mas e aí... tu vais ajudar o senhor e poderás suar e molhar a camisa...". Pensando assim, eu fui passando reto fingindo nem ter visto.

Mas aí... a consciência é uma coisa engraçada. Fui caminhando mas o pensamento no homem (no bom sentido). E a consciência buzinando na minha mente: "Piiii, piiii, ajuda, ajuda, ajuda!". E eu levando bronca de mim mesmo: "Esse é o Jun que eu conheço? Cadê? Deixa de ser abestado e ofereça ajuda agora!"

Depois de uns 100 metros, parei. Pra não ficar feio ou chato, eu parei, olhei o trânsito e tipo "fazendo que percebeu" o homem com as sacolas, ofereci ajuda. Fiquei em paz comigo mesmo.

Fomos caminhando sem falar muita coisa, só comentando sobre a cheia do rio Amazonas. Caminhamos mais ou menos uns 300 metros em parceria até a parada de ônibus. Foi quando ele me agradeceu a ajuda e seguiu viagem.

E eu agradeci a Deus pela oportunidade que ele me mandou para testar o meu ser.

Muito obrigado.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Esse é o Geberson

Esse é o Geberson, irmão da Selma, esposo da Sâmara, pai do Cadú, filho da Tatá e do Vivaldo.

Ontem tínhamos sido convidados para um churrasco de "re-despedida" da Paty (prima da Selma) que tinha ido alçar vôos maiores pro exterior há uns anos aí. Conheceu o Brian lá no exterior, casou lá e vieram pra Manaus fazer uma visita e casar no religioso.

O Brian, que se casou com a Paty, acho que é dinamarquês, pelo menos, moram na Dinamarca. Tudo bem que isso não quer dizer que seja dinamarquês. :) :)

E em geral, como o Brian não sabe falar o português, ou ele fica a mercê das traduções da Paty, ou ele fica quietinho, ou ele tenta entender o que falam pra ele...

E ontem ele estava lá quieto, prestando atenção ao ambiente, vendo as animações do pessoal, algumas pessoas falando algo pra ele, e o Geberson assando o churrasco.

Depois que o Geberson terminou a função de assador oficial, foi se sentar com o Brian e começou a puxar papo com ele. O Geberson, não sei se terminou algum curso de inglês ou se ele é um curioso que se vira pra aprender a falar o idioma inglês. De acordo com a Selma, antigamente ele vinha pro Porto pra praticar o inglês, abordar um estrangeiro e puxar conversa pra treinar.

Eu terminei um curso completo de inglês de 5 anos, entendo o que falam razoavelmente, mas não falo fluente por falta de prática. Mas eu vi que esses 5 anos, parece que não fizeram muita diferença... a não ser gastar o dinheiro dos meus pais...

Eu ficava olhando o Geberson se virando para encontrar as palavras, gesticulando, enfim, fazendo de tudo para o Brian entender o assunto e se entrosar.

Vi que, mais que o diploma, vale a iniciativa de chegar lá, sentar-se, e a boa vontade de querer fazer o Brian se entreter na churrascada que foi oferecida a ele e à Paty. Mesmo atropelando algumas palavras no "English".

Parabéns Geberson pela atitude, que eu sei que é o seu natural do dia-a-dia.

E tome mais coisas pra eu melhorar... :)

Abraços a todos.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Oportunidades da vida

Olá pessoal, bom dia!

Assisti a um filme chamado "A volta do todo poderoso".

Teve uma parte bem marcante que achei legal e que, de fato, acho que é assim que as coisas acontecem na nossa vida.

A esposa do Evan Baxter (o que faz o papel de Noé) o abandonou por causa da loucura dele de ter que construir a Arca de Noé porque Deus tinha pedido.

Já fora de casa, ela estava com os filhos numa lanchonete. E os outros clientes da lanchonete, assistindo à notícia sobre essa loucura da construção da Arca, ficaram debochando e fazendo pouco disso.

Ela é abordada por um garçon (o ator que faz papel de Deus) que pergunta se está tudo bem com ela. A princípio ela diz que está tudo bem, mas logo depois desmente e diz que não está nada bem. Então, ela conta da loucura do marido e que a situação não andava bem entre eles. Aí é o lance legal que achei quando Ele fala assim pra ela:

- Se alguém rezar pedindo paciência, acha que Deus dará paciência? Ou Deus dará a oportunidade de ser paciente?
- Se pedimos coragem, Deus dá coragem? Ou nos dá a oportunidade de sermos corajosos?
- Se alguém pede que a familia seja mais unida, acha que Deus une a familia com amor e alegria? Ou dá a eles a oportunidade de se amarem?

Dito isso ele some e o filme segue adiante.

Fez eu pensar que na vida, deve ser assim mesmo que acontece. As oportunidades surgem para nos fazer crescer. Lembro que, um dia, eu falei pra uma amiga que não existiam pessoas más. Mas que existiam pessoas que aparentemente se manifestavam de uma forma má. No fundo, no fundo, Deus mandava aquelas pessoas pra fazer você crescer mais e mais espiritualmente. E é legal quando você tenta, pelo menos, compreender isso. Eu sei que na prática é difícil aceitar isso.

Já pensou? Uma pessoa querendo puxar seu tapete e você tentar imaginar a mão de Deus naquela atitude daquela pessoa. E Deus dizendo nas entrelinhas: "Eu quero que você aprenda alguma lição com essa pessoa que estou lhe enviando e quero que com isso, você cresça espiritualmente". É difícil, mas acho que a Vida é desse jeito...

Um abraço a todos!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Em memória da Paty (Fátima)

















Na sequência: Dany, Paty (Fátima) e Drica (Fotos by Esdras, montagem by me).

Conheci a Paty através da Dany que é minha amiga. O meu contato com a Paty era bem raro, geralmente quando tinha algum aniversário na casa dos pais dela, quando eu fazia algumas visitas onde fui "forçado" a ajeitar o armário da Drica, etc. Eu sei que ela deveria ser normal como todos nós, com altos e baixos. Mas nesses raros momentos em que tive contato, só consegui captar boas energias de alegria e sorrisos. Essa é a lembrança que vai ficar dela na minha memória: uma pessoa com grande dose de alegria.

No dia 31/01/2009, ela deu seu último suspiro e partiu para os braços do Pai.

Paty, onde vc estiver, continue espalhando sementes de alegria. Proteja seus familiares emanando muitas vibrações de amor.

Como tenho a convicção de que a Vida é eterna, então... Paty, até breve...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sacolas reutilizáveis?

Numa das inúmeras visitas ao supermercado Carrefour, bati o olho num cartaz que estava afixado perto do Caixa. Dizia o cartaz para comprarmos sacolas reutilizáveis que estavam a venda lá mesmo no Carrefour para podermos diminuir o uso dos sacos plásticos em prol do meio ambiente. Eu tento ter atitudes de sustentabilidade em prol do nosso planeta Terra (às vezes falho e outras vezes, falho muito) mas quando eu vi o cartaz eu pensei:
- Quem que vai "comprar" uma sacola, mesmo que reutilizável, se o próprio supermercado oferece "de graça" os sacos plásticos para acomodar as compras? Acho que o Carrefour pirou. Ninguém vai comprar isso!

Eu comecei a pensar um pouco mais sobre isso, motivado por um episódio na Americanas. A compra não era muita coisa: 3 barras de chocolate e um pacote de fandango. A moça acomodou num saco e me entregou. Em geral, quando vejo que o saco pode vir a rasgar por conter produtos com pontas ou pesados, eu peço outro saco para reforçar para não ficar na mão no meio da rua com um saco rasgado e as compras esparramadas pelo chão. : ) E aí a atendente, aparentemente atenciosa no início, olhou pra mim e disse: - Não posso dar outro saco...

Eu escutei mas não tinha entendido o porquê da resposta. Pensei que ela poderia estar brincando e perguntei o motivo. Aí veio uma resposta assim: - Não posso, porque a compra é muito pequena...

E aí fiquei indignado explicando pra moça que a compra continha itens com pontas e poderia rasgar o saco. Acabou que ela, toda sem jeito, aceitou a minha opinião e liberou mais um saco. Eu vejo negociadores atuando na liberação de reféns, mas nunca pensei que eu teria de negociar um saco a mais para reforçar minhas compras. : )

Depois fui andando e pensando: - E se a atendente falasse que a Americanas estava em campanha em prol do meio ambiente tentando diminuir o uso de sacos plásticos?

Provavelmente eu teria aceito a campanha e saído de lá satisfeito por ter ajudado a natureza. Mas é que achei o motivo exposto muito michuruca (não sei se escreve assim...).

Mas com isso, eu passei a pensar que preciso cuidar mais sobre esse "faniquito" meu de sempre querer sacos duplos nas minhas compras. É claro que eu não jogo fora os sacos ao chegar em casa. Eles sempre são bem vindos nos cestos de lixo doméstico. De alguma forma eu aproveito. Mas vou tentar... atenção, falei que vou tentar, não sei se com sucesso, aderir à campanha do Carrefour de diminuir o uso de sacos plásticos.

Sei que, eu fazendo isso, não vou salvar o planeta, mas é aquela estória do beija-flor, estarei fazendo minha parte.

Abraços a todos.