quinta-feira, 7 de março de 2013

40 anos!


Hoje, faço uma despedida e agradecimento pelos 10 anos que "ele" passou junto comigo.

Não pensem bobagem, não é um outro "cara". : ) Sou eu mesmo no meu corpo, comigo mesmo.

Ontem, saí da casa dos trinta.

Hoje, entro na casa dos "enta".

De acordo com algumas pessoas... vou passar a conviver com esse "enta" por muuuuuuuuuuito tempo.

Hoje, inicio minha jornada dos "entas": quarenta, cinquenta, sessenta, setenta, oitenta, noventa, cem... centa? mmm... não existe "centa", ufa... alívio que não vou viver até os "centa".

Uma vez, há muito tempo, ouvi da minha mãe essa "ideia" de aniversário, que sempre lembro como uma grande sabedoria.

Ela comentou a história de uma pessoa que ela conhecia, que no dia do aniversário, essa pessoa sempre dava um presente para os pais. Em geral, normalmente a gente pensa que aniversário é para nós recebermos os parabéns, receber presentes, receber as felicitações. No modo normal, é assim que funciona. Mas, no fundo, pensando bem, acredito que na "ideia" que minha mãe me passou, há uma grande sabedoria escondida por trás do nosso "aniversário": Que é um dia que a gente agradece aos pais, representantes de Deus na Terra, pela vida que você recebeu nesse dia.

Eu nasci às 17h30.

Em um determinado ano, acho que não estava em sã consciência, tinha esquecido de tomar meu remédio controlado tarja preta. Como minha área é de Ciências Exatas, sou bem pouco emoção e mais razão. Minha mente trabalha muito no raciocínio lógico, e nesse dia, acho que eu estava "meio" emotivo. "Meio" para não dar o braço a torcer.

Então, nesse ano, acho que em 2004, eu estava em casa deitado na cama. Isso tipo umas 14h. Me veio à mente uma provável cena desse exato horário, desse exato dia, do exato ano de 1973. 07/03/1973 foi uma quarta-feira. Acredito que meu pai estava trabalhando nesse dia. Ele deve ter vindo correndo em casa pra buscar minha mãe pra levar para o hospital. Me veio à mente a minha mãe indo para o hospital. Tentei imaginar o que ela estaria pensando nessa hora. Se era só dor, se era uma certa esperança futura, se era só "mais uma criança", se era uma alegria, se era preocupação. Sei que, mulher, quando fica grávida sente muitas dores, enjoos, que mesmo que as pessoas tentem florear a gravidez da mulher, sei que é um certo "incômodo", e que na reta final, você só quer se "livrar" da "coisa" dentro de você. Mas nesse dia de 2004, tentei imaginar o que teria se passado horas, minutos, segundos antes do meu nascimento... Lagrimei em silêncio imaginando as cenas: eu sendo tirado da barriga, sendo levado para os braços da minha mãe, sendo recebido em meio a sorrisos.

Em 2004 quando "caiu a ficha" para essa situação, pedi perdão pra minha mãe pelo suposto "dano" que causei durante a gravidez que ela passou por minha causa. Pelo que aprendi nos ensinamentos da Seicho-No-Ie, eu sei, que eu pedi para nascer, naquele dia, naquela família, naquela cidade, naquela situação, para tentar poder continuar a aprender algo sobre a Vida, naquela época, com meu pai, minha mãe, e minha irmã mais velha. Os outros irmãos vieram depois. Em meio ao sentimento de perdão, veio misturado também o sentimento de gratidão por ter-me permitido nascer. Pai, mãe, obrigado.

Eu não sei como estou me comportando hoje em dia aos olhos de Deus. Sei que não sou flor que se cheire, até porque de "flor" não tenho nada.

Mas o que eu queria falar nesse post, era registrar essa "ideia" de aniversário, "ideia" que minha mãe repassou pra mim, e vai ficar como uma herança que vai ficar gravado para sempre na minha memória.

Atualmente, geograficamente falando, por enquanto estou distante da minha mãe. Mais ou menos 1.295 km nos separam. : ) A distância com meu pai ficou maior em 2010, com a passagem dele para o plano espiritual. Obrigado mãe, obrigado pai.

Mãe, se tudo correr bem, eu pedi pra minha irmã comprar uma fatia de bolo na confeitaria Abelhuda para a senhora comer na hora do almoço. Na verdade, vou pedir pra comprar 2 fatias. Uma pra senhora, outro pro pai para ser oferendado no oratório.

Abraços a todos.

E, obrigado.


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